Esperança



O inverno havia chegado, e com ele, rumores sobre um certo espírito natalino, que trazia consigo alegria e fartura à festividade do advento. É claro que esse tal espírito nunca existira, se contrário, falhara brutalmente em sua missão, pois ainda que obtivesse sucesso entre tantas famílias existiam aquelas vivendo às ruas, que contentariam-se apenas em saciar a fome e aquecer-se do frio deveras impiedoso.

O mundo lhes dera as costas, eram frágeis, miseráveis. Humilhação e espera, era esta sua sina, e apoiando-se nela, nascíamos nós. Não tínhamos formas, tampouco cores ou texturas. Nossa vida era breve, limitávamos apenas em cumprir a dada incumbência, e sobre um  sopro gelado,misturarmos ao nada.

Se por um lado não podíamos presenteá-los com as promessas do tal espirito, ao cair da noite, trazíamos bons sonhos, aquecíamos seus corações. Não era muito, mas o bastante para que pudessem continuar lutando por dias melhores. 

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