Os cartazes do século XIX

Não tem jeito, desde criança, sempre fui apaixonado por coisas antigas, inclusive, um gosto que eu herdei da minha mãe. Adorava folear os livros antigos de culinária dela, daqueles com ilustrações hachuradas e meio pintadas de laranja (algumas com propostas bem macabras, tipo um frango depenado, feliz, dentro de uma panela fervente, ou uma cenoura picada, com um sorriso de orelha a orelha). Além dos livros de culinária, também gostava das coletâneas de fabulas e contos, enciclopédias e calendários. De alguns anos para cá, aprendi a gostar dos posteres comerciais, também. Principalmente pelo teor artístico que carregam.
Dias atrás, eu encontrei um site (que, aliás, já perdi o link), uma espécie de arquivo digital, repleto, não somente, de cartazes comerciais, mas daqueles anúncios de jornal, também. Empolgado, acabei pesquisando mais à respeito em outras fontes e separei alguns dos cartazes que mais gostei. Dois deles são de um dos meus artistas favoritos, Alphonse Mucha.
Eles datam do final do século XIX e inicio do século XX. Alguns são ingleses, outros franceses e tem um italiano. É legal observar como cada uma destes cartazes carregam características singulares do artista que o produziu, do movimento artístico a que pertence e da época em que foi feito. Mesmo que a finalidade deles fosse vender produtos, é como se cada uma destas peças crisasse um cenário, uma atmosfera própria.