"Una. Ah, Morte, o espectro que se sacia em todos os festins! Quantas vezes, Monos, perdemo-nos em especulações acerca de sua natureza! Quão misteriosamente agiu ela como empecilho à felicidade humana - dizendo-lhe "até aqui, e não mais além!"."
O Colóquio de Monos e Una . Edgar Allan Poe
As reflexões acerca da morte sempre foram permeadas de mistérios, e os acontecimentos póstumos jamais estiveram sob a luz da ciência humana. Estes temas, de certo modo, me despertam muita curiosidade e as vezes, até me perco em meus pensamentos. A minha visão sobre a morte é contemplativa e tudo que já busquei entender sobre me permitiu conceber minha própria concepção sobre ela.
Quando eu era criança, meus pais, de origem católica, me ensinaram a temer a morte, ao modo como também foram ensinados. Sempre me diziam sobre os prazeres da vida carnal e da vida póstuma, mas nunca sobre a morte. Falar sobre ela era também falar sobre dor e saudade.
Estes sentimentos, ainda os respeito quando penso na morte, mas deixei de considera-la como uma relação de dualidade entre vida e decesso, como fenômenos que se opõe. A morte é parte da vida. A carne podre é alimento. É preciso morrer para se continuar vivendo.
Deste modo a representei nesta pintura. A metamorfose da morte, que eternamente se transforma em vida.
A pintura é uma colaboração com o projeto literário de um amigo, "Devaneios Efêmeros". Quem estiver interessado em saber mais sobre o projeto, pode encontra-lo no Facebook:
Simplesmente maravilhosa a arte, os elementos que vc inseriu nela, a forma como inseriu... E o sentimento por detrás dela. A morte também é pra mim motivo de meditações e contemplações profundas. Gostei muito!!
ResponderExcluirMuito obrigado, Carol!
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