Idun, a deusa da imortalidade

Fazem dois dias que, apenas por diversão, eu tirei e editei esta foto. Tinha plano de posta-la aqui no blog. Conversando com uma amiga, ela me sugeriu que ficaria mais interessante se eu colocasse algum texto que complementasse a foto, fosse um conto, um poema. Como não conhecia nenhum texto relacionado à maçãs pesquisei por seu simbolismo. Nesse vai e vem, descobri sobre uma Deusa da mitologia nórdica que cuida de um pomar de maçãs de ouro! Seu nome é Idun, ou Iduna.

Idun, por alguns, descrita como filha de Ivaldi, o anão da terra, com o sol, sua mãe. Por outros, dita como uma "não nascida", portanto, imortal, era o simbolo da primavera e da juventude, assim como também, guardiã das maçãs de ouro, que atribuía beleza e juventude eterna à aqueles que se deliciassem delas. Alimentava os deuses com seus frutos, em forma de agradecimento ao acolhimento que recebeu, seus estoques eram infinitos, mas para que não caíssem em mãos erradas, Idun guardava os frutos em um cofre mágico.  

Bom, escrevi esta pequena descrição com o que coletei sobre a Deusa, porém, como toda figura mitológica, existem diferentes versões sobre ela.
Por ventura, enquanto pesquisava, achei, também, um conto curtinho, porém muitíssimo interessante!


O RAPTO DE IDUN

Um certo dia, Odin resolveu fazer uma viagem além da fortaleza de Asgard. Foram com ele Hoener e Loki. Muito embora Loki geralmente criasse muitos problemas, suas mágicas e jogos eram muito divertidos, especialmente quando a jornada era longa.
Após se deslocarem o dia inteiro, atravessando florestas escuras e escalando elevadas montanhas, resolveram descansar no vale dos carvalhos. Lá fizera uma fogueira e saíram a procura de caça. A sorte sorriu para eles, pois encontraram um rebanho de bois pastando. Mataram um e colocaram-o no fogo para cozinhar. Após um longo tempo assando, a carne ainda continuava crua quanto quando foi posta no fogo.
Uma enorme águia pousou na copa de uma árvore e observou o que ocorria e em seguida propôs um negócio com os deuses. Se eles deixassem que ela fosse a primeira a comer, o boi seria cozido. Os deuses concordaram, pois não havia outra alternativa. A águia então voou para baixo e arrebatou o caldeirão onde o boi estava cozinhando. Aterrizou mais adiante e passou a comer com voracidade.
Loki em fúria com o roubo da refeição, pegou uma estaca e lançou-se contra a águia. Entretanto, o pássaro não era uma simples águia, mas se tratava do gigante Thiazi, que tinha tomado tal forma. Loki não conseguiu tirar sua mão da estaca e a águia carregou-o pelos ares, arrastando-o por montanhas e penhascos, ao ponto de que Loki acreditou que iria arrancar seus braços. Quando a águia pousou, o deus implorou-lhe para que o deixasse ir, mas Thiazi só o liberaria se jurasse lhe entregar a encantadora Idun juntamente com a caixa de suas maçãs mágicas. Loki aceitou e regressou para junto de seus companheiros, que depois dos recentes acontecimentos, resolveram voltar a Asgard.
Logo ao chegar, Loki foi visitar Idun, a quem enganou assegurando-lhe que havia encontrado um bosque onde cresciam maçãs melhores que as suas e a convidou para vê-las. Idun aceitou e tomou sua caixa dourada onde guardava suas maçãs e foi com Loki ao tal bosque. Thiazi os esperava oculto entre as árvores e ao ver Idun se aremessou contra ela, disfarçado de águia, a tomou entre suas garras, levando-a até Jotunheim, a Terra dos Gigantes. 

Os deuses nórdicos não eram imortais e precisavam das maçãs para sobreviverem. As divindades então, começaram imediatamente a envelhecer e enfraquecer. Reuniram-se então para discutir o problema e pediram informações sobre o paradeiro de Idun e souberam que a última vez a ser vista estava em companhia de Loki. Ao interrogá-lo descobriram o rapto da Deusa e ameaçaram Loki com tortura e morte, caso não encontrasse uma maneira de trazê-la de volta.
Loki pede a Frigga suas vestes de falcão e voa até a casa do gigante Thiazi, que retinha Idun. Encontra a Deusa só, já que o gigante havia saído para pescar. Rapidamente Loki transforma Idun em uma noz e leva-a em seu bico de volta à Asgard. Mas quando Thiazi encontra a casa vazia, toma a forma de águia e voa atrás deles. Próximo de Asgard, os deuses vêem a dramática perseguição e acendem uma enorme fogueira que queima as asas da águia. Já no solo, conseguem matar o gigante.

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