Desde o dia em que eu percebi o quanto a minha auto-critica era exagerada e me feria, comecei a me esforçar para tornar as coisas um pouco menos rígidas e passei abraçar mais das minhas ideias para novas pinturas e aceitar eventuais erros de execução. O resultado dessa experiência eu pude notar nas minhas três pinturas mais recentes. Muito mais fluídas e características, além de muito mais divertidas de produzir que as anteriores.
"Olga" carrega uma forte influência das obras Pré-Raphaelitas (minhas favoritas), desde a escolha de cores, a pose. Quando eu olho pra ela, tenho a sensação de que existe algo mais a ser dito ou visto, mas a verdade é que eu simplesmente permiti que a ideia fosse gerada, sem pensar em significados específicos.
Querido Sr. Autor (eu nunca sei como deveria te chamar), um pedido, não apenas meu, mas acredito que da maioria dos seus seguidores e leitores, nos diga como aprendeu a desenhar, suas técnicas de desenho. Eu sempre gostei de desenhar, mas sei que não se trata apenas de talento, o "dom" é um mito, e sem esforço a arte não seria possivel acontecer, não é apenas pegar um lápis e desenhar. Tenha cido a muito tempo talvez, mas eu gostaria de saber como você começou a desenhar.
ResponderExcluirOi Andria, pode me chamar de Matheus, mesmo!
ExcluirSabe, o segredo pra tudo é a prática. É como você diz, dom não existe. Eu sempre desenhei, desde muito pequeno, mas comecei a levar as coisas mais à sério lá pelos 12 anos, quando comecei um curso de mangá. Acabei não me apessoando muito com o estilo, mas as noções que tive servirem de base pra tudo que veio em seguida. Algumas características eu acabei incorporando ao meu traço, como os olhos grandes. Alguns anos depois eu comecei a me aprofundar em técnicas de pintura e acabei me apaixonando pelo lápis de cor, logo na época em que eu criei o blog. Alguns dos meus desenhos mais antigos ainda estão aqui.
Recentemente eu comecei a me arriscar com a aquarela e a buscar formas de adaptar a pintura digital ao meu estilo. Olga ainda é o meu melhor exemplar.
De um modo geral, em todos esses anos eu sempre busquei referência em outros artistas. Acho que todo artista deve entender que a arte não é uma competição, mas sim uma forma de aprender com outras pessoas. O traço, a linguagem singular que cada artista utiliza são importantíssimos no processo de moldagem da nossa própria linguagem.