Ontem a noite, me deitei, e como de costume, fiquei navegando até pegar no sono. Tinha escolhido um blog que gosto muito, e fiquei passeando pelas paginas dele, admirando as ilustrações de fadas que a autora fazia.
Já era pra lá de meia noite e não conseguia dormir, não sei ao certo porque, mas, decidi criar um tumblr para mim, mesmo não conseguindo classifica-lo como algo útil (ou pelo menos, "não" até aquele momento).
Enquanto aprendia a mexer, encontrei algumas imagens que me chamaram a atenção, comecei a rebloga-las e então quis ver o tumblr de onde vieram. Encontrei duas páginas repletas de imagens relacionadas a natureza, fadas e outros seres mágicos, e então comecei a desce-las ao som das musicas que lá mesmo tocavam. Olhando, olhando, comecei a relembrar coisas do meu passado, da minha infância e a minha veneração às fadas.
Quando eu criança, gostava muito de ouvir meu irmão contar sobre seres mágicos, principalmente as fadas, acreditávamos em sua existência. Ele me dizia que sempre que você visse aglomerados de cogumelos, ali havia uma colonia delas, me animava muito quando as via. A ultima vez que vi uma foi o ano passado, na parede do jardim da nossa casa nova. Descemos as escadas durante a noite, com uma vela na mão, e ele me mostrou. Nunca havia visto uma colonia tão grande, desejei acreditar, mas já havia me tornado cético demais para tal.
Minhas temáticas de desenho, até os doze anos, eram as criaturas mágicas, desenhava-as de todas as formas. Acreditava que, antigamente, tudo era diferente, e que em algum período, o homem e as fadas puderam viver juntos. Com o passar dos anos, comecei a estudar história, comecei a gostar, aliás. Acabei descobrindo que nunca houve esse período, e que a idade média, que eu tanto fantasiava, nunca passou de mero feito de sofrimento e religiosidade extrema. Foi ai que o brilho começou a se apagar, desacreditei de fadas, desacreditei da minha própria religião. Comecei a pesquisar períodos para que fizessem parte dos meus desenhos. me encantei pela renascença, e principalmente, pelo período vitoriano. Passei a abordar, apenas, estilos de épocas passadas, contextualidade histórica. Nada de fadas, nada de duendes ou qualquer outro ser mágico.
Nessa madrugada, senti esse brilho novamente, voltei a enxergar o quanto esses seres eram importantes para mim, afinal, cresci acreditando neles. Claro, não consigo creditar a existência, mas, decidi traze-los novamente aos temas dos meus desenhos.
Fadas agora possuem um novo significado para mim, é como se fossem um ponto de fuga do mundo real, me lembram a figura materna, representam paz, liberdade.
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